Um Portista aburguesado, um Benfiquista lúcido, um Portista mordaz, um Benfiquista verde, um Sportinguista faccioso e um Benfiquista tipico: A Irmandade da Maldição do Bem estraçalha as minudências do dia a dia.
- Não vai ser fácil chegar ao privado e dizer: não há subsídios. Para não falar que é totalmente ilegal. Privado é privado, governo não se deve intrometer em contratos privados.
- Foi uma cobardia chegar ao público e dizer: menos 20% e a coisa está resolvida.
Já se sabia que a coisa não ia resultar. Com o medo que todos temos, ninguém gasta nada. E se não se gasta não existem impostos. As pessoas limitam-se a pagar a casa e o essencial (também não dá para mais).
Os amigos de direita do PSD (e eu sou de direita) têm de se convencer de uma coisa, esta crise existe por duas razões:
- Primeiro, porque o estado esbanjou dinheiro até não mais poder (PPP; estradas, Hospitais EPE, RSI, Reformas aos 55...). Agora há que ir buscar esse mesmo dinheiro a quem o recebeu a mais: é preciso renegociar contratos e desfavorecer quem lucrou de forma totalmente descabida. Claro que isso é uma chatice. Porque era emprego certo depois de sair do governo, e porque a maioria destes que ganharam em exagero são amigos de copos, primos e cunhados. Mas convençam-se: ou fazem isso, ou dentro de pouco as pessoas vão "partir isto tudo". E sem paz social não há país que resista.
- Segundo, o privado tem de pagar melhor, tem de largar mais $ em ordenados e ter menos lucro. Mas cabe na cabeça de alguém que uma empresa que gera 10% de lucro ao ano (em milhões de facturação) pague 450 euros a um empregado? Esse lucro tem de ser muito mais devolvido, ou isso cria desiquilíbrios sociais de tal forma importantes que não tarda nada 5% da população tem 80% da riqueza. E isso era o que acontecia na Idade Média, mas é uma chatice.... mais uma... as pessoas não gostam da Idade Média.
Portanto, meus amigos: isto de se ser rico à força toda está-se a tornar um exagero. Quando as pessoas começam a não ter para o básico... começam a não achar piada nenhuma a isto. Por isso, para o bem de todos, vamos lá fazer as coisas como deve de ser porque quem tem MUITO vai continuar a ter muito, e quem tem pouco apenas quer um bocadinho mais para não ter que andar com a corda no pescoço.
A trabalhar à hora e a ser alimentado com enchidos... assim tem andado a vida de Francisco Monteiro. Revoltado com a Medicina, incapaz de se habituar quer à mama passiva do estado quer ao trabalho à hora de empresas contratadas sem escrúpulos, Francisco decidiu mover-se, definitivamente, para a sua paixão nunca esquecida.
Ter uma mensagem para ver o Impresso é sinal de Vitalidade. Ver o meu amigo Frute logo pela manhã é melhor do que leitinho com Mucambo: é indescritível. Mas depois da apresentação do Vão Bastos como jogador do Sporting, da saudosa recordação de um colaborador do Impresso de longa data como é o Sérgio Silva, mesmo depois do Futre e talvez, agora vou-me exceder, depois da Prescília Maria... apenas há uma forma de bater no fundo. Peço desculpa.