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Um Portista aburguesado, um Benfiquista lúcido, um Portista mordaz, um Benfiquista verde, um Sportinguista faccioso e um Benfiquista tipico: A Irmandade da Maldição do Bem estraçalha as minudências do dia a dia.
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O Sporting foi à praia. Já antevejo a banhada que aí vem.
http://www.sporting.pt/Noticias/Clube/notclube_clubeleoespraia_070811_78965.asp
Acho que já é hora de alguém ter coragem de abordar este tema.
Essa coisa de o Barros ter dois clubes e os outros só poderem ter um tem de acabar. É uma completa e total vergonha aquilo que o Barros faz, aumentando de forma descarada as suas possibilidades de sucesso em cada época desportiva dizendo, à boca cheia, que é apoiante de dois clubes. Isso, para além de ser desportivamente questionável, é um bocado maricas. Criticar à boca cheia os adeptos do Braga, durante décadas, por serem adeptos do Benfica e depois substituir o clube do regime pelo clube barricado do Norte, não está correcto.
Por isso, meu amigo Barros, tens de escolher. Ou és adepto do Braga ou do Porto. E festejas e choras só com um. Mais nada. E calas-te.
Maria dos Santos era descendente de família humilde e bastante pobre. Recebe formação escolar muito básica e, ainda que praticamente analfabeta, possuía grande capacidade de raciocínio matemático e forte aptidão para a estratégia bancária/comercial.
Desde cedo, começou a sua prática "bancária": guardava o dinheiro da venda de varinas ao longo do dia recebendo ao anoitecer uma pequena compensação pelo "depósito". Destacou-se pela sua honestidade e carisma, e passou a ser solicitada também pelos vendedores ambulantes.
No decorrer dos anos 1950, com a política Salazarista, em que reinava a pobreza nacional, torna-se numa pseudo-bancária quando iniciou a sua atividade clandestina. Estrategicamente, começou a atribuir juros a quem lhe confiasse as suas economias, tanto maiores quanto mais elevadas fossem. Utilizava bastante bem o esquema em pirâmide.
Assumiu posição diferente à da Banca e da técnica bancária: recebia depósitos acrescidos de 10% de juros a quem aplicasse as suas poupanças e concedia empréstimos a juros elevados. Esta medida foi crucial para a sua expansão da sua atividade e renda.
No ápice, fosse rico ou pobre, pescador a empresário, todos recorriam à "Banqueira do Povo" como passou a ser conhecida.
A metodologia resultava com o aparecimento diário de novas pessoas e operava do seguinte modo:
Funcionava assim sucessivamente, uma vez que o cliente de ontem recebia os juros provenientes do investimento do(s) cliente(s) do dia seguinte.
Uma vez que tanto o cliente 'X' como o cliente 'Y' não procediam ao levantamento da totalidade do depósito, facilmente se gerava um fundo sustentável, que seria aumentado significativamente dado que, ao invés do levantamento, os clientes voltariam a depositar.
O empréstimo que concedia era rigorosamente estudado e concedido a juros elevados atingindo valores até metade do empréstimo.
Ao longo de décadas, o esquema funcionara, pois semanalmente apareciam dezenas de cliente novos vindos de todo o país.
Isto obrigou-a à criação de novos escritórios espalhados tanto por Lisboa quanto por todo o país, visto que começavam a ser notórias as extensas filas à porta do seu escritório deAlvalade.
Para isso contou com a colaboração de familiares e amigos íntimos que eram aliciados e estimulados pela entrada de quantias exorbitantes de dinheiro vivo.
No entanto as pessoas que contratara estavam ligadas a negócios ilícitos e, por isso, estes angariadores tinham a esperteza e conhecimentos técnicos, conseguindo assim obter valores de milhares de contos.
Esta sua atividade não passou despercebida pelas autoridades judiciais e bancárias, mas estas tornaram-se facilmente subornáveis.
Em Março de 1983, o semanário "Tal & Qual" divulga a sua atividade e os seus métodos, sendo também notícia na imprensa internacional.
Por consequência, D. Branca conseguiu, em muito pouco tempo, quadruplicar o seu poderio econômico. Centenas de pessoas dirigiam-se para seus escritórios para obter o juro de 10 % mensal que fazia concorrência ao juro oficial da banca que era de 30 % ao ano.
O crescente levantamento das contas à Banca oficial e o depósito na atividade da "Banqueira do Povo" alarmaram o Banco de Portugal e o Governo, prevendo-se a muito curto prazo a bancarrota da banca. O Ministro das Finanças, Ernâni Lopes, estrategicamente, foi à televisão advertir e acautelar os portugueses.
Resultado disso foi o deslocamento de centenas de pessoas querendo reaver o seu dinheiro depositado, o que imediatamente gerou uma confusão incontrolável e um pânico estrondoso.
Os seus escritórios estavam amontoados de sacos com dinheiro e o não controlo da situação levou a que, gananciosamente, alguns colaboradores sacassem o dinheiro que conseguissem ou passassem os bens imobiliários para o seu próprio nome.
Alguns dos colaboradores da "Banqueira" estavam envolvidos no mundo do crime, tanto que com um deles, Manuel Manso (suspeito de um assalto de uma ourivesaria, tendo furtado cerca de 3 quilos de ouro), numa apreensão à sua residência, fora encontrado um cofre contendo 60 mil contos em dinheiro vivo e dezenas de cheques no valor de 90 mil contos.
Dona Branca, de modo a devolver a quantia que havia sido depositada pelos seus clientes, passou milhares de cheques sendo centenas deles devolvidos por falta de provisão, fundo.
Envolvida com colaboradores corruptos e criminosos, um deles o seu advogado, que "legalizava" as suas ações financeiras, foi finalmente detida a 8 de Outubro de 1984 e colocada preventivamente na Cadeia das Mónicas, em Lisboa.
Foi acusada pelo Ministério Público, juntamente com 68 arguidos, por associação criminosa, múltipla prática da emissão de cheques sem cobertura, burla agravada, falsificação e abuso de confiança, tendo sido iniciado o julgamento em 1988 no Tribunal da Boa-Hora, que teve a duração de 1 ano.
Resulto do julgamento: pena de prisão de 10 anos para a D. Branca por crime de burla agravada e 24 dos arguidos foram absolvidos.
Pouco tempo depois, e devido ao estado débil de saúde e à idade avançada, viu ser-lhe reduzida a pena e saiu em liberdade, vivendo até a data da morte num lar, cega e, ironicamente, na miséria. Foi enterrada ao Alto de São João acompanhada de apenas 5 pessoas.
Há muitos anos que Portugal tem uma tradição de masoquismo, desresponsabilização e orgulho na incompetência. É uma forte doença auto-imune que está imbuída no código genético social português.
Não indo muito longe no tempo desta velha nação, porque levar-nos-ia a pensar quando começou este gosto pela auto-destruição, façamos uma retrospectiva histórica:
Quando Portugal precisava reformar a sua agricultura e recursos florestais, toca a transformar o país em trigais e eucaliptais até esgotar os solos.
Quando os outros países descolonizaram o Ultramar, nós decidimos ir para Angola depressa e em força entregar o sangue dos filhos da nação em troca de coisa nenhuma.
Quando toda a Europa Ocidental se democratizava, decidimos trocar uma ditadura de direita por uma de esquerda.
Quando Portugal precisava valorizar os recursos naturais, opta pelo betão e em força. Dizia-se então que o estatuto de uma cidade se media pela altura do edifício mais portentoso (leia-se mamarracho com gaiolas, ex: Prédio Coutinho) — construído no sítio mais impróprio possível, sempre!
Quando Portugal precisava de renovar a Marinha, compra 45 caças F16 em 2ª mão, para caçar em pleno ar não se sabe bem o quê, melros talvez.
Quando os outros países da Europa decidiram apostar na ferrovia, Portugal e o seu gémeo oriental (Grécia), ao arrepio de toda a Europa, mas profundamente "iluminados", optam pelo asfalto.
Quando o Alqueva já estava obsoleto (porque o Alentejo afinal já não era o celeiro de Portugal), opta-se pela sua conclusão, com as consequências nefastas que teve para os vinhos do Alentejo.
Quando Portugal necessitava de lanchas rápidas para controlar a vasta ZEE, eis que se compram dois submarinos para brincar às escondidas no mar.
Quando Portugal precisa recuperar a sua economia, faz protocolos com a China para destruir todo o seu comércio e resolve construir um novo aeroporto e um sistema ferroviário específico de classe luxuriante.
Quando Lisboa está entulhada de carros, planeia-se uma ponte gigantesca com 3 faixas rodoviárias em cada sentido, mesmo no meio do Tejo com as nefastas consequências para o património paisagístico que se conhecem.
Quando Portugal tem 144 camas no Alcoitão para doentes em reabilitação profunda e os hospitais não dão conta do triste panorama da saúde, constroem-se 10 estádios de futebol com as consequências que se conhecem.
Nesse processo dos estádios, está envolvido Godinho Lopes, conhecido "artista" que, depois de lesar o estado em €25M, embora ilibado por falta de provas (mas não absolvido), cai de pára-quedas no Sporting e é o sinistro responsável pelo desastroso processo do novo estádio José Alvalade, processo do qual se orgulha, note-se.
Quando o Sporting é a maior potência do Atletismo nacional, ao desastroso processo de planeamento do estádio (entregue pelo "artista" a um conhecido lampião de má fama e conhecido péssimo gosto artístico) subtraia-se então todo o equipamento da modalidade mais forte do clube, em detrimento de uma maior proximidade do público ao relvado, dizia-se — mas que acaba gorada com a adição de um fosso. Como pièce-de-résistance, decore-se o Sporting, a sua imagem e a sua casa da forma mais foleira possível.
Quando o Sporting se encontra no fosso a que os primazes da arte burlística o remeteram, que melhor opção senão coroar de glória o "artista" Godinho Lopes?
Portugal não tem espelhos em casa. Portugal escolhe sempre a pior opção e orgulha-se disso, faz gala de ser parvo e... orgulha-se disso, com um sorriso tolo na cara. Portugal olha para a Europa e, ou intelectualmente desonesto ou simplesmente em negação, gaba-se que é parvo mas que tem bom coração. Mas nem para si mesmo é bom.
E o Sporting não escapa a este desígnio nacional.
"Mau perder" dirão alguns? não, é mais a frustração de lidar com pessoas que se orgulham da sua pequenez. Porque perder não se perdeu, a não ser uma oportunidade de ouro. Houve apenas uma jogada de xico-espertismo para perpetuar a tacanhez e o obscurantismo auto-destruidor.
Mas em Portugal e no Sporting os dias da tacanhez estão contados. Chegará o ponto em que o bolor que corrói as estruturas desta nação terá um bafiento cheiro tão insuportável que a mudança será inevitável e inexorável.
Viridis
Ter uma mensagem para ver o Impresso é sinal de Vitalidade. Ver o meu amigo Frute logo pela manhã é melhor do que leitinho com Mucambo: é indescritível. Mas depois da apresentação do Vão Bastos como jogador do Sporting, da saudosa recordação de um colaborador do Impresso de longa data como é o Sérgio Silva, mesmo depois do Futre e talvez, agora vou-me exceder, depois da Prescília Maria... apenas há uma forma de bater no fundo. Peço desculpa.
Hum hum...
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Xiii... o que foram lembrar...