Impresso em Meia Hora

Eu não percebo nada de política. Mas percebo de pessoas. E farejo à distância os mamões. Prefiro de longe o lunático idealista aos mamões.

Para mim, o Bloco representa toda a amálgama de indivíduos que se aproveitam da estrutura existente, dos ideais voláteis democráticos, para representarem a parte da população mamona do país. Enquanto, com todo os defeitos, existem patrões (chulos, mas a alimentarem famílias) e trabalhadores (alguns parvos, mas trabalhadores), depois existem os Bloquistas. Um Bloquista resolve todos os problemas do mundo em menos de um minuto e, simultaneamente, cria mais 100 dos quais ninguém se havia lembrado e que são completamente inúteis. Pelo caminho, critica todas as instituições existentes com aquele sorriso Harvardiano de quem fez um workshop de como gozar com a inteligência de todos nós. Ter de levar com uma actriz a debitar alarvidades sobre tudo ou uma incorformada adolescente armada em Elinor Ostrom devía-nos fazer refletir como a nossa sociedade, o nosso trabalho, dá palco a este punhado de nada armado em corrente de opinião fundamental.

Meus caros, nunca na puta da vida terão o meu voto. E a minha única certeza é que quando tiverem muitos votos este país fecha pois já não existirá espaço para tanta conversa da treta. Pelo menos o PCP é fiel a uma mulher, feia é verdade, mas fiel, não esta putaria fina de marcadores víricos negativos.