Um Portista aburguesado, um Benfiquista lúcido, um Portista mordaz, um Benfiquista verde, um Sportinguista faccioso e um Benfiquista tipico: A Irmandade da Maldição do Bem estraçalha as minudências do dia a dia.
Faltavam 500 metros para o final. O mais novo seguia na frente, Barros em segundo. O pódio estava completo com el ciclista amarillo que perseguia irritado um Barros caga tremoços que se ria todas as vezes que olhava para trás. O saco já estava cheio. O ciclista amarillo apertou o fígado e retesou a espinha. Arremeteu contra essa espécie de Gollum e sem contemplações colou à roda do Barros que descarado volta a sorrir apesar das gotas de suor a escorrer pela face. Teve tempo para pouco mais... O ciclista amarillo só abrandou para se deixar ver e confirmar a Barros a identidade de quem o iria assombrar para o resto da vida. Barros segue com o sorriso que desfalece o ciclista poderoso que arrisca o seu terceiro lugar neste último ataque. Não esboça resposta. O desalento expressa-se num amplo zig-zag. El ciclista amarillo viria depois a confirmar no seu twitter que sentiu "as batatas fritas a entrar". Sabendo-se sem energia suficiente para ultrapassar o mais novo decide pelo menos não o deixar ter um final de consagração. Deixa tudo o que tem na estrada, principalmente quando o mais novo olha para trás. Mas a vitória estava atribuída. Barros perde o terceiro lugar para Abel por não saber lidar com o último lugar do pódio. Está destroçado. Ri por defeito. Missão cumpida pensa o cilista amarillo.
E eu disse o contrário? Mas antes foi ultrapassado e vencido. Depois foi apanhar os pedaços de castanha que restaram... Mas concluo que esse indivíduo devia ser banido deste desporto que praticamos (que não é ciclismo) por défice de amor à modalidade.