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Um Portista aburguesado, um Benfiquista lúcido, um Portista mordaz, um Benfiquista verde, um Sportinguista faccioso e um Benfiquista tipico: A Irmandade da Maldição do Bem estraçalha as minudências do dia a dia.
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Robert Reich, secretário do Trabalho de Clinton, num artigo recentemente publicado no "The New York Times", faz este exercício saudável: olhar para a floresta em vez de se concentrar na árvore. Recordando que há uma coisa em comum entre esta crise e a grande depressão: ambas aconteceram quando a desigualdade na distribuição dos rendimentos atingiu o seu ponto máximo. Em 1928, 1% dos americanos detinha 24% dos rendimentos. Mudaram-se as políticas e em 1976 detinha apenas 9%. Em 2007, chegava aos 23,5%.
Os números são americanos mas servem para a Europa. Entre 1949 e 1979, a produtividade subiu 119% e os salários 79%. Entre 1980 e 2009 a produtividade aumentou 80% e os salários apenas 8%. No primeiro período, os 20% mais pobres aumentaram os seus rendimentos em 122% e os mais ricos em 99%. No segundo período, que começou com a chegada de Reagan e Thatcher ao poder, os mais pobres perderam 4% e os mais ricos ganharam 55%. Para ajudar à festa, as grandes fortunas conseguiram, através da deslocalização de capitais e da pressão sobre o poder político, fugir aos impostos. Foram os trabalhadores, que já tinham sido roubados nos salários, a carregar o fardo fiscal. Desde o princípio do século, os ciclos foram estes: concentração de riqueza, crise, políticas redistributivas, prosperidade, concentração de riqueza, crise de novo.
Com o dinheiro mal distribuído o crescimento depende do crédito. Como assinalou Paul De Grauwe, num artigo publicado no Expresso, os proprietários de casas na zona euro aumentaram, entre 1999 e 2008, a sua dívida de cerca de metade do PIB para 70%. A dívida dos bancos ultrapassou os 250%. Curiosamente, os Estados foram, nesse período, os únicos que se portaram bem. A dívida caiu de 72% para 68% do PIB. Tirando a Grécia, não havia, na Europa, até ao ataque especulativo às dívidas soberanas, um problema de dívida pública. Havia e há um grave problema de dívida privada. E isto inclui Portugal, que manteve até então a sua dívida pública abaixo da média europeia mas um endividamento privado estratosférico. O maior responsável por esta crise não é, nunca foi, o Estado "gordo". É a desigualdade crescente na distribuição de rendimentos compensada pelo empréstimo do banco.
Que remédio nos oferecem contra esta doença? Facilitar o despedimento; reduzir e congelar salários; aumentar as despesas em transportes, energia, saúde e educação; aumentar impostos sobre o trabalho; aumentar o IVA para reduzir a TSU; reduzir o investimento do Estado; cortar nas prestações sociais; e injetar dinheiro público na banca. Ou seja, distribuir pior o que já estava mal repartido. E as principais vítimas deste assalto, a que damos o nome de "austeridade", continuam a comprar a ideia de que o problema são as gorduras do Estado. Os gordos agradecem.Daniel Oliveira, Expresso de 10 Set. 2011:
Hum hum...
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Xiii... o que foram lembrar...