Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]



Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Pesquisar

 


David Servan-Schreiber

por NSR, Terça-feira, 26.07.11

http://www.publico.pt/Sociedade/morreu-david-servanschreiber-o-sr-anticancro_1504602

 

David Servan-Scheiber, médico e neurocientista francês conhecido pelo seu livro sobre o "estilo de vida anticancro", morreu ontem à noite num hospital em Fécamp (noroeste da França). Tinha 50 anos e lutava há quase 20 contra um cancro muito agressivo no cérebro.
 (Foto: João Gaspar/arquivo)

Há já várias semanas, tinha tornado pública a sua desesperada situação de saúde, com a publicação do seu último livro, On peut se dire au revoir plusieurs fois ("É possível dizer-se adeus várias vezes", na tradução em português) (ed. Robert Laffont).

Servan-Scheiber, que como lembra a AFP nasceu numa família de grandes empresários, estava já há três dias em coma, depois de ter sofrido durante os últimos meses de diversos sintomas neurológicos graves – paralisia, dificuldade em falar – devidos a metástases no cérebro.

Foi em 1992 que, por mero acaso, Servan-Scheiber se submeteu a uma ressonância magnética no âmbito de pesquisas em neurociências que estava a fazer no seu laboratório da Universidade de Pittsburgh (EUA) e descobriu que tinha um tumor cerebral maligno. Foi operado e tratado. Mas foi quando o cancro voltou em 2000, e quando Servan-Scheiber teve de voltar a ser operado e a submeter-se a quimioterapia e radioterapia – como contou ao PÚBLICO em entrevista em Maio de 2010 – , que percebeu que tinha de procurar o que ele próprio “podia fazer para reforçar a capacidade de o [seu] corpo combater a doença”.

O resultado dessas pesquisas foi o seu livro Anticancro – Uma nova maneira de viver, publicado em 2007 (e em 2008 em Portugal, pela Caderno). No livro, Servan-Schreiber detalha as principais alterações de estilo de vida (em termos de nutrição, mas não só) que, segundo tinha apurado a partir da análise de inúmeros estudos epidemiológicos e em animais publicados na literatura científica, podem ajudar o organismo humano a lutar contra o cancro. Apesar de ter sido alvo de críticas por parte de alguns oncologistas por preconizar métodos alternativos, Servan-Schreiber sempre afirmou que os métodos soft não deviam de maneira alguma substituir os da medicina convencional, que continuavam a ser os que já lhe tinham salvo a vida por duas vezes.

A terceira recaída aconteceu no ano passado e desta vez Servan-Scheiber não a conseguiu vencer. Motivou a escrita do seu último livro. “Se a doença me atinge apesar de pensar, comer, mexer-me, respirar e viver anticancro, então o que resta de Anticancro?, declarou. “É para responder a esta pergunta que escrevo hoje.”

Era uma questão que tínhamos evocado na entrevista do ano passado. Na altura, Servan-Schreiber tinha respondido simplesmente: “Eu não sou uma experiência científica. O que digo no meu livro não se baseia no sucesso ou no fracasso do meu caso pessoal – e ainda bem. Não possuo nenhum método garantido a 100 por cento, não sei o que me irá acontecer daqui a três meses ou três anos. Mas isso não altera a validade do que digo.”

Au revoir, David Servan-Schreiber.

Autoria e outros dados (tags, etc)

por NSR às 01:53


Comentários recentes

  • Anónimo

    Hum hum...

  • Anónimo

    Quem não concorda com a existência do BE, deve con...

  • Anónimo

    O BdC não aproveitou o Leonardo Jardim, o Marco Si...

  • Anónimo

    Esse lugar nobre é do Benfica. Ou aceitas que seja...

  • O comuna

    O futebol é uma máfia. BdC ainda acaba na valeta.

  • Pó de Sirphoder

    Quem defende o Vieira é mau.Quem defende o Bruno d...

  • A hipocrisia

    Muito se fala do BdC, mas quando olho para os outr...

  • Abel

    Muito se poderia dizer. Mas tenho uma pergunta: co...

  • Turista

    Para quem coloca o turismo como uma fonte menor:ht...

  • Nostalgia

    Xiii... o que foram lembrar...





Links

Blogs quase medíocres mas expectaculares