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There... she said it!

por NSR, Terça-feira, 01.02.11

There she said it...

 

http://economia.publico.pt/noticia/os-gastos-com-a-saude-sao-o-principal-problema-orcamental-de-portugal_1477880

 

 

Teresa Ter-Minassinan, ex-responsável do FMI

Os gastos com a Saúde são o "principal problema orçamental" de Portugal

31.01.2011 - 09:50 Por PÚBLICO

 

Os gastos com a Saúde são, no futuro, “o principal problema orçamental que Portugal enfrenta”, afirma Teresa Ter-Minassian, a antiga chefe de delegação FMI que negociou o empréstimo a Portugal na crise de 1983

 

 

 

Em Lisboa para participar na conferência “Vir o Fundo ou ir ao fundo”, promovida pelo instituto de Direito Económico e Financeiro da Faculdade de Direito de Lisboa, Teresa Ter-Minassian deu uma entrevista ao Jornal de Negócios.

A sua opinião geral é a de que o programa de austeridade do Governo português é bem calibrado e com um bom equilíbrio entre o corte na despesa pública e o aumento dos impostos. As medidas “são muito corajosas”, mas considera que há “ainda algum espaço” para outros ajustamentos, tanto na despesa como na receita.

Na despesa pública e com vista a uma estratégia de médio prazo, “Portugal já fez um ajustamento nas pensões, mas não fez o suficiente na saúde”.

Nas pensões, foi feita uma reforma da Segurança Social em 2006 que, graças à introdução do factor de sustentabilidade (que tem em linha de conta a esperança de vida da população), fará reduzir as pensões até 40 por cento do actual em meados desde século. Mas “ajudaria muito à credibilidade do ajustamento orçamental se o Governo tivesse uma estratégia clara para conter os custos na Saúde no futuro, que são o maior problema orçamental que Portugal enfrenta”.

Teresa Ter-Minassian tem uma boa opinião do ajustamento feito em 1983-84. “Em 1985, a economia já estava a crescer outra vez”, afirma. “Isso quer dizer que 2011 vai ser um ano difícil, mas há uma boa esperança que em 2012 possa haver uma recuperação”. Mas não será um ajustamento fácil. Porque se verificará uma desvalorização do poder de compra dos portugueses. Tal como aconteceu em 1983-84, “creio que nos próximos dois ou três anos há também margem para uma desvalorização”.

A ideia essencial é a de que Portugal precisa de aumentar a sua poupança para permitir ao país crescer a prazo. E isso tanto ao nível do Estado como dos portugueses. “Não será fácil ou agradável para a população, porque uma desvalorização nunca chega sem custos”, afirma ainda. Mas “os que acham que há uma solução mágica que passe pela saída do euro” – e portanto para recuperar a capacidade de gestão cambial – “estão enganados. A desvalorização aumentaria a inflação e empobreceria muito o país, porque muita da dívida está em euros”.

Teresa Ter-Minassian esquiva-se a dar uma opinião directa sobre se Portugal deveria ou não recorrer ao Fundo de Estabilidade Financeira. Acha que “as opções do Governo” representam já “uma grande parte do ajustamento” e que isso é essencial para o sucesso. “Se um Governo está comprometido a fazer um ajustamento, recorrer à ajuda não dever ser um estigma”. E essa ajuda até poderia ajudar a credibilizar o país.

“O problema importante neste momento é convencer os mercados” e “ ter algum dinheiro por trás fortaleceria a posição portuguesa”. Claro que essa negociação “poderiam implicar algum ajustamento de cariz estrutural, mas que o Governo também quer fazer”.

“os mercados querem é ter boas perspectivas de médio e longo prazo. E aí ajuda ter uma estratégia credível de médio prazo”. Porque o principal risco que actualmente Portugal corre é, segundo a economista, que “os mercados entrem em pânico e fechem o financiamento. E o principal ponto negro da actual situação económica do país é que Portugal e os países do sul têm um problema de poupança nacional insuficiente que “tem de ser resolvido independentemente do que acontecer na Alemanha ou em qualquer outro país” que possa funcionar como locomotiva do crescimento económico em Portugal.

Mesmo que tudo esteja a correr bem na Alemanha e nos países do norte, Portugal deveria virar-se para os países emergentes porque é aí que as exportações poderão crescer mais.

Na sua opinião, um plano europeu de relançamento económico não teria muito efeito. “Um grande programa de infra-estruturas teria provavelmente um efeito de muito curto prazo”, sustenta. E depois “o problema é que a Europa não é uma federação e não tem o dinheiro”.

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por NSR às 00:05

4 comentários

De Barros a 14.02.2011 às 17:52

Eu também quero insultar alguém de forma despropositada. Como não associo os comentários às caras não consigo adequar os impropérios. Gostava de comentar o perigoso comentário capitalista extremista do "Ridículo" (tenho uma boa ideia de quem será).

De Casa de Apostas Joãofairbet a 14.02.2011 às 20:05

A casa dá as seguintes ODDS para quem quiser apostar na autoria do comentário ridículo:

Tino- 1.01 (anda com umas teorias manhosas da Saúde Pública)
Figueiras- 1.1 (conhecido militante do Bloco que se afirma de direita)
Xico-1.5 (demasiadas linhas, não dava jeito para escrever no Ipad, mas nunca fiar)
Abel-10 (demasiado bem escrito; não tem nenhum palavrão; não tem a autorização da Carolina)
João- 100 (pelo que sei, está sem Net)
Barros- 10000000000000000000 (muitas linhas, o Barros nunca teria tanta paciência; não tem erros de Português)

De NSR a 15.02.2011 às 01:09

Sem dúvida boas odds... para a casa, ia entalar muita gente. Estive sem net de 10 a 13 portanto...

Mas concordo com praticamente tudo o que o Ridículo escreveu. Ai que o extremista radical não está sozinho...

De Ridiculista extremal a 15.02.2011 às 09:05

Ontem o Chávez disse finalmente uma coisa com a qual concordo: as revoluções no mundo árabe não se fazem, ao contrário do que se diz, por causa do facebook, twitter etc, mas sim porque há fome e miséria. (o que ele não quer assumir é que no país dele também se estão a reunir as condições para lhe darem um pontapé em el culo..)

De facto, como já foi aqui demonstrado no post República, a nova democracia vai ser muito mais participativa, muito mais próxima dos cidadãos, muito mais súbtil na sua afirmação, em que massas inteiras se movem quase inconscientemente para atingir os seus objectivos. Para isso, as novas tecnologias (que inclui as redes sociais) vão ser o veículo que vai permitir alcançar essa democratização das decisões. Isso foi patente nas revoluções da Tunísia e Egipto.

Mas os rastilhos e motivações para grandes decisões são sempre os mesmos desde há séculos: necessidades e frustações.
Sejam elas fome, sede, frio, falta de roupa, trabalho, casa, amigos, religião, independência, reconhecimento,autodeterminação; segundo a pirâmide de Maslow ou outros psicólogos.

Nisto o Chávez tem razão.

E isto para dizer que os extremistas de direita ou esquerda vão aparecendo ao longo das décadas conforme se precise mais de uma coisa ou de outra. Não há receitas infalíveis. Direita ou esquerda tem os seus pontos fortes e fracos; se é certo que as ideias de esquerda fizeram evoluir o país social nas últimas 2 décadas, também será de equacionar que agora se atingiu um exagero e que é preciso balançar com algumas medidas mais de Direita.

Por alguma razão, na maioria dos países com democracias mais evoluídas, os partidos ganhadores (que tem atitudes mais condizentes com as necessidades das pessoas?) são os partidos do centro que ora tomam medidas mais sociais ora mais liberais.

O que mais irrita nos eleitores portugueses (não sei se nos outros países é semelhante), é que votam nos partidos como se fossem clubes de futebol. São do PS desde meninos, porque o pai também era. E nada mais interessa.

Para o Sr. escravo da MGF, com o qual concordo mas queria que ele explorasse, também a evolução da especialidade tem assistido a avanços que muitas vezes partem das ideias partilhadas nos fóruns de MGF em que, mais ou menos, toda a gente pode ir dar a sua opinião.

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