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Gripe A - A Medicina Jornalística

por impressoemmeiahora, Quarta-feira, 15.07.09

Escreve o Editorial do Expresso (pág 32) 27 linhas de bom Português sob o título: Uma pandemia sem histeria. Desengane-se quem esperava um elogio à conduta da OMS e, porque não, à própria Sra Ministra Ana Jorge pelo esticar do nosso SNS robusto e sempre de boa saúde. O visado é, como não, a Comunicação Social. Essa entidade de bem estar social escreve então "A Comunicação Social tem informado, sem sensacionalismos, os desenvolvimentos da pandemia de gripe". Algum leitor que abra as pálpebras pelo menos 15 minutos por dia duvida, com propriedade, que comunicação social e não sensacionalismo coabitem em saudável casamento.Como tal, ainda que de mansinho, abre-se a janela da verdade: "Mas essa informação tem sido suficiente?"

 

Eu respondo: a informação é mais do que suficiente, aliás, até é demais. Não vou dissertar sobre a qualidade da esmagadora maioria do jornalismo: nada de bom se pode esperar de quem depende da popularidade. Provavelmente não terá o jornalismo culpa própria, mas o constante decréscimo da qualidade do mesmo não contrubuirá com toda a certeza para um maior requinte do público alvo: já lá diz a minha avó há muitos anos, filho de burro não sai cavalo.

 

Para informar é preciso que a mensagem seja recebida e percebida e num conceito pandémico o esforço colectivo é condição sine qua non. Num país, e num mundo civilizado, em que a prevalência de Diabettes, HTA, Dislipidemia, Obesidade e consequentes patologias Cardiovasculares matam de forma avassaladora e sempre crescente dia após dia, pedir o que quer que seja em matéria de saúde é uma completa utopia. Este surto de cripe é incontrolável, cá e em qualquer local do mundo. Fiquemos felizes por a mortalidade ser diminuta, ou todos os elogios aos procedimentos nada dispendiosos até agora efectuados teriam sido melhor empregues na modelo táctico do bestial (até Dezembro) Jorge Jesus. Já agora, fiquemos igualmente felizes no caso de sermos os donos da Roche.

 

Destesto que se faça propaganda social com a Saúde. A Saúde é cara, muito cara, antes fazermos uns cartazes e oferecermos umas canetas. Apesar das boas intenções,tem sido um completo desbaratar de dinheiro esta forma de encarar o problema sem nenhuns resultados: não se salva uma vida e não se controla a propagação, algo de si só concebível em alguém que nunca tenha estado no México. É hora de tratar os casos graves e adoptar medidas preventivas de senso comum, não vamos sufocar um SNS já de si tão débil com procedimentos "pop-rock". O SNS não é um brinquedo, carregá-lo de burocracia adicinonalmente a um deslocar de meios vai, se já não está, colocar doentes em risco por falta de recursos.

 

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por impressoemmeiahora às 17:45


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